Psicologia

Sabe o que é a Zoofobia?

zoofobia

A zoofobia (medo exacerbado de animais) é uma das fobias específicas mais comuns. A literatura refere que os seres humanos têm uma predisposição genética para temer certos tipos de animais. Muitas vezes animais como cobras, aranhas, insetos (entre outros) estimulam e ativam uma resposta de repulsa e/ou de medo nas pessoas. Até certo ponto, esse medo é necessário para a sobrevivência da espécie humana.

O nível em que os seres humanos temem certos animais está diretamente relacionado às características e propriedades assustadoras do animal e a sua discrepância da forma humana. Muitos medos são, também, alimentados quando somos crianças e enquanto crescemos (quem nunca ouviu “cuidado com o cão que pode morder?”).

As pesquisas realizadas sobre a fobia de animais têm mostrado resultados interessantes:
Estes estudos dividem a zoofobia em 2 categorias, nomeadamente: “medo relevante” e “medo irrelevante”.

E no que consiste isto?
Alguns animais podem ser considerados bonitos ou inofensivos, outros ferozes ou selvagens, e uma terceira categoria como ‘viscosos ou repugnantes “. Na maioria dos países onde a pesquisa foi realizada, observou-se que a categoria ‘aversão a animais repugnantes” teve uma maior pontuação relativamente ao medo em relação aos animais nas outras duas categorias.
Normalmente, as pessoas com zoofobia tendem a temer animais viscosos como lagartos (herpetofobia), rãs e sapos (batracofobia), cobras (ofidiofobia), aranhas (aracnofobia), baratas (catsaridafobia ou katsaridafobia ), larvas (escolecifobia ), ratos (musofobia ou murofobia ), vermes (verminofobia) traças, etc. Mas também existe fobia com animais socialmente considerados mais ‘bonitinhos’, como acontece na Cinofobia – o medo de cães e até com borboletas (motefobia).

zoofobiaQuais são as causas?
Fobia de animais é comum e existe em todo o mundo. Normalmente, surge a partir de uma experiência de infância negativa envolvendo determinado animal. Pode acontecer a pessoa perder o medo desse animal de forma natural, consoante experiências positivas que possam surgir na vida da pessoa após o episódio mais stressante. Estas, não necessitarão de qualquer tratamento adicional, uma vez que a fobia não irá condicionar ou incapacitar a vida e o bem-estar dessa pessoa. Noutros casos, a fobia persiste ao longo da vida e torna-se bastante incapacitante. A razão mais comum, por assim dizer, que pode espoletar a zoofobia consiste na intensa ansiedade ou stress que se desenvolveu na mente do indivíduo em determinada situação em contacto com o animal. A emoção vivenciada manifesta-se de forma profunda no cérebro, sendo essa emoção (intensa) reativada sempre que a pessoa é colocada em situações de exposição (presença do animal, neste caso). As experiências ou situações sociais podem servir de gatilho emocional para essa memória-emoção.

É essencial observar que nem todo medo de animais podem ser rotulado como zoofobia. Este último é um medo persistente, irracional e injustificado de animais, não importa quão perigosos ou inofensivos eles são. Em outros casos, o medo de cobras e aranhas pode ser considerado como bastante comum e necessário (existem cobras e aranhas venenosas, logo que coloquem a nossa vida em risco, não é verdade?).

zoofobiaExistem tratamentos?
Felizmente existem opções para o tratamento. A terapia comportamental é um tratamento que é conhecido por ser altamente eficaz (psicoterapia). Alguns médicos também recomendam medicação para atenuar a intensidade da ansiedade sentida. Em alguns casos, será benéfico a pessoa recorrer a ambas em simultâneo. A dessensibilização gradual é outro método conhecido por ser altamente eficaz para tratar o medo de animais. Consiste em submeter o paciente a fotos ou imagens do animal temido (que é, na verdade, o estímulo aversivo). A dessensibilização é realizada num ambiente controlado, de modo que o paciente seja capaz de lidar com a ansiedade extrema.

Nota importante!
Se está a ler este artigo e sofre de alguma fobia relacionada com algum animal saiba que não está sozinho/a. E saiba, também, que existe tratamento eficaz. Procure os especialistas com competências profissionais adequadas para o ajudar e lembre-se: nunca se automedique. É perigoso! A medicação da vizinha ou dos amigos servem para eles porque foram orientados por especialistas.

Com amor,

Gisela

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