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7 Mitos sobre os Cães

1 – Os cães têm visão monocromática:
MITO: Não percecionam as cores como nós, mas não veem a preto e branco. A capacidade para ver cores está determinada pelas células da retina: os cones. Estes são estimulados por luz de diferentes comprimentos de onda. Enquanto nós, humanos, possuímos cones sensíveis a três cores (vermelho, azul e verde), os cães só têm cones sensíveis a duas (azul e amarelo). Pode então dizer-se que têm então visão dicromática e capacidade para distinguir tons básicos de cores: amarelo, azul e cinza. Todas as outras ficam esbatidas e tendem a assumir um destes tons. Conseguem diferenciar vários tons de azul e roxo, mas os vermelhos vêm apenas como sendo um tom escuro, e os verdes, como sendo branco.
2. Um ano humano equivale a sete anos para cães:
MITO: Calcular a idade de um cão e equipará-la à idade humana é mais complexo do que se imagina. Na verdade, não existe uma fórmula exata, porque esse cálculo vai depender de espécie para espécie. Assim, a idade de um cão varia de acordo com seu tamanho, raça e desenvolvimento.
3 – As raças puras são mais saudáveis:
MITO: Não existe nenhum antecedente ou condição que confirme esta afirmação. A saúde de um cão não está associada à pureza de sua raça, e sim a muitos outros fatores que devemos analisar. O que se sabe com certeza atualmente é que algumas raças são mais propensas a certas doenças.
4 – Cão de pequeno porte adapta-se melhor a um apartamento:
MITO: Na verdade não é uma questão de tamanho. Qualquer cão, seja qual for o porte, tem o direito inalienável de ser cognitivamente estimulado, de forma correta e regular. É dever do tutor promover o exercício físico e mental adequado ao seu tamanho, idade e estado físico. Além disso, muitas vezes são exatamente os cães menores os mais enérgicos e que requererem tempos de atividade mais longos e frequentes, quando comparados com os seus parentes de maior tamanho. Por outro lado, um cão muito grande pode viver num apartamento, desde que vá passear ao exterior todos os dias e por períodos longos, para que volte a casa suficientemente exercitado, disfrutando, em seguida, de igualmente longos períodos de repouso ou de menor atividade. O importante no entanto, em qualquer dos casos, é que lhes seja proporcionada a possibilidade de expressarem os comportamentos naturais, se possível promovendo o relacionamento com seus semelhantes, para além de convívio saudável com a sua família humana, estreitando laços afetivos e de confiança mútuos.
5. Os cães sentem culpa quando fazem algo errado:
MITO: Existem poucas evidências de que os cães possam sentir emoções secundárias, como o ciúme ou a culpa. Quando mostra aquela expressão de arrependimento que tão bem conhecemos, não está a tentar redimir-se de nada, uma vez que não tem consciência de ter feito algo errado. Simplesmente os tutores já deram sinais de fúria, mesmo sem se terem apercebido disso. Sinais tão subtis como uma simples dilatação de pupila, um elevar de sobrancelhas, um esgar de lábios ou um enrugar de testa, serão facilmente percebidos pelo animal, que afinal o que é, é um excelente leitor de expressões faciais.
6. Comer ossos fortalece a dentição:
MITO: Uma dentição afiada e limpa está, há muito tempo, associada a uma alimentação à base de ossos. No entanto, e na verdade, os ossos podem sim, ser perigosos para a saúde de um cão! Ao ingeri-los, os animais podem sofrer danos no organismo, como é o caso de perfurações no intestino, cortes na língua ou até asfixia.
7- Cães e gatos nunca serão amigos:
MITO: As diferenças na linguagem corporal de cães e gatos ditam alguns desentendimentos entre estas duas espécies: o cão é um predador, com instintos naturais de caça e o gato, apesar de ser ele também um predador, é outras vezes presa, com comportamentos de fuga vitais para quem é por vezes caçado. É, então, frequente observarmos cães a perseguirem gatos, simplesmente por desporto, pois se este parar e o enfrentar, a atitude predatória cessa e o cão não mais o persegue. Logicamente poucos gatos arriscam e muito provavelmente só aqueles que conhecem um pouco da personalidade canina o fazem. Mas é possível que ambos se entendam. Aliás, não só se entendam, mas também que sejam grandes amigos, principalmente para fazerem companhia um ao outro quando os tutores estão fora. É, mais uma vez, tudo uma questão de socialização. Se ambas as espécies conviverem com representantes da espécie rival, numa fase precoce da vida, muito provavelmente irão saber comunicar, compreender e confiar, ao ponto de se aceitarem como pertencendo ao mesmo grupo familiar. Os relatos de histórias de amizade verdadeira, entre cães e gatos, são inúmeros e reais e possíveis de comprovar por quem já foi tutor de ambos em simultâneo.