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Cinofobia

A palavra “cinofobia” vem do grego: kynós, que significa cão, e phobos, que significa medo. Portanto, a cinofobia é a fobia ou medo desproporcional a cães.
Muitos amantes destes animais não conseguem entender a existência deste medo irracional, mas a verdade é que é bastante comum.
Existe diferença entre fobia e medo de cães?
Sim!!
Na verdade, existe uma grande diferença entre fobia e medo.
O medo é um sentimento normal e inerente aos seres vivos que faz parte do nosso mecanismo de defesa e do nosso senso de sobrevivência. Essa sensação deixa-nos atentos para podermos reagir a uma ameaça real.
A fobia é um medo desproporcional de situações inofensivas ou mesmo irreais. Sim, é verdade…um cão pode magoar ou até matar uma pessoa, mas não é regra. As pessoas com fobia reagem de maneira extrema, mesmo que o risco de ataque seja baixo ou que o cão não esteja por perto. As pessoas com medo estarão mais atentas a cães grandes ou soltos, com uma atitude ameaçadora, mas não apresentarão sintomas de
ansiedade ou pânico. Nas pessoas que sofrem de cinofobia desencadeia-se um quadro de ansiedade e até mesmo ataques de pânico. A fobia ocorre quando o controlo do medo e a capacidade de reação são perdidos. Nesse sentido, a imaginação costuma pregar partidas e piorar a situação.
Esta fobia de cães pode apresentar-se com os sintomas típicos de outras fobias ou ansiedade, e que podem diferenciar-se de pessoa para pessoa:
– Taquicardia
– Sensação de estar fora de controlo
– Tremores
– Tensão nos músculos
– Boca seca
– Desorientação ou falta de concentração
– Terror intenso
– Dores de cabeça
– Comportamento de evitação
– Angústia
– Sudação excessiva
– Dificuldade respiratória
– Náusea
– Dor de estômago
Mas como é que esse medo é desencadeado?
A maioria das fobias são geradas na infância devido a situações traumáticas associadas a um cão. A fobia pode ser desencadeada após sofrer um ataque por animal desses ou por ter testemunhado o ataque a outras pessoas. Também é possível que o medo tenha sido simplesmente instigado por terceiros, como, por exemplo, um irmão sofra desse medo e lembre à criança em questão que os cães são perigosos. Da mesma forma, é possível que a cinofobia se desencadeie inconscientemente ao assistir a um filme em que ocorrem situações de terror com esses animais.
O medo é contagioso?
Uma criança não irá, necessariamente, desenvolver uma fobia por conviver com um adulto que a tenha, mas é possível que a criança presencie um ataque indireto à mãe ou ao pai e fique receosa com a presença de cães. Por vezes, o instinto protetor dos progenitores acabam por alimentar o medo dos pais (quem nunca ouviu dos pais “cuidado com o cão, é perigoso”?). No entanto, através da convivência com os cães, em
circunstâncias em que a criança se sinta segura, pode ir quebrando esse receio inicial.
Existem casos de crianças mais inseguras, por terem pais super protetores que não permitem qualquer interação que eles considerem não segura. Nestes casos, a criança vai ficando mais insegura. Não significa que possa desenvolver a cinofobia, mas poderá desenvolver o medo ou insegurança relativamente aos cães.
Inconsciência do medo inconsciente
É possível que a pessoa não saiba o que causou a cinofobia e não entenda o motivo de ter todo esse medo, já que nunca foi atacada por um cão, por exemplo, mas tenha passado por alguma situação inconsciente que foi projetada para esse estímulo, que é o animal.
Contudo, não é possível que alguém sofra de cinofobia sem saber, já que o gatilho para esse pânico é a presença de um cão. No entanto, a pessoa pode é não conseguir identificar nem reconhecer a origem do pânico, isto é, o que espoletou a fobia.
Como prevenir a cinofobia? Que tipo de tratamentos existem? É possível reverter a fobia?
Não percam o próximo artigo ????
Com amor,
Gisela Santos